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Vitrectomia em Curitiba

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A vitrectomia é um procedimento cirúrgico oftalmológico avançado que tem se tornado essencial para o tratamento de várias condições que afetam o humor vítreo e a retina. Ao longo deste artigo, exploraremos detalhadamente o que é a vitrectomia, como ela é realizada, as condições que justificam sua necessidade, suas potenciais complicações e o impacto que ela tem na recuperação visual dos pacientes.

O QUE É VITRECTOMIA?

A vitrectomia é uma cirurgia que envolve a remoção do humor vítreo, uma substância gelatinosa que preenche a parte posterior do olho. O humor vítreo ocupa cerca de 80% do volume ocular e desempenha um papel crucial na manutenção da forma do olho e na condução de luz para a retina. Com o avanço das técnicas cirúrgicas, a vitrectomia tornou-se um procedimento relativamente comum para tratar diversas condições oftalmológicas.

HISTÓRICO E DESENVOLVIMENTO DA VITRECTOMIA

O desenvolvimento da vitrectomia remonta às décadas de 1960 e 1970, quando as técnicas cirúrgicas oftalmológicas começaram a avançar significativamente. Antes da introdução da vitrectomia, muitas condições relacionadas ao vítreo e à retina eram consideradas intratáveis. No entanto, a invenção do vitrectomo, um dispositivo que permite a remoção controlada do humor vítreo, revolucionou o campo da cirurgia ocular. Desde então, o procedimento evoluiu, passando de uma cirurgia de alto risco para uma técnica padronizada com altos índices de sucesso.

COMO FUNCIONA A VITRECTOMIA?

A vitrectomia envolve o uso de instrumentos microcirúrgicos para acessar o interior do olho. Inicialmente, pequenas incisões são feitas na esclera (a parte branca do olho) para permitir a inserção de um vitrectomo e outras ferramentas cirúrgicas. O vitrectomo é usado para cortar e aspirar o humor vítreo, permitindo que o cirurgião trabalhe na retina e em outras estruturas internas do olho. Após a remoção do vítreo, o espaço pode ser preenchido com soluções salinas, óleo de silicone ou gás, dependendo da necessidade específica da cirurgia.

INDICAÇÕES PARA A VITRECTOMIA

Existem várias condições que podem exigir uma vitrectomia. A decisão de realizar o procedimento depende da gravidade da condição e do potencial de recuperação visual do paciente. Abaixo estão algumas das principais indicações para a vitrectomia:

DESCOLAMENTO DE RETINA

O descolamento de retina é uma condição em que a retina se separa da camada subjacente de suporte, levando a perda de visão parcial ou total se não tratada. A vitrectomia pode ser necessária para remover o humor vítreo tracionando a retina, facilitando a reaplicação da mesma.

HEMORRAGIA VÍTREO

A hemorragia vítreo ocorre quando há sangramento no humor vítreo, geralmente causado por retinopatia diabética, oclusão da veia central da retina ou outras condições vasculares. A vitrectomia pode ser realizada para remover o sangue, melhorando a visão e permitindo o tratamento da causa subjacente.

MEMBRANAS EPIRRETINIANAS

As membranas epirretinianas são camadas de tecido fibroso que podem se formar na superfície da retina, causando distorção e visão embaçada. A vitrectomia permite a remoção dessas membranas, restaurando a anatomia e função retinal.

BURACOS MACULARES

Um buraco macular é uma abertura na mácula, a parte central da retina responsável pela visão detalhada. A vitrectomia é utilizada para fechar o buraco, frequentemente com o auxílio de uma bolha de gás que mantém a pressão na retina durante a cicatrização.

RETINOPATIA DIABÉTICA PROLIFERATIVA

Na retinopatia diabética proliferativa, o crescimento anormal de vasos sanguíneos pode causar complicações graves, como hemorragias e descolamento de retina. A vitrectomia é essencial para remover o vítreo, tratar o sangramento e aplicar terapia a laser para prevenir futuros problemas.

COMO SE PREPARAR PARA UMA VITRECTOMIA

A preparação adequada para a vitrectomia é fundamental para minimizar os riscos e otimizar os resultados pós-operatórios. Abaixo estão algumas das etapas preparatórias mais comuns:

AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA

Antes da cirurgia, o paciente passará por uma avaliação completa da saúde ocular, que inclui exames de acuidade visual, tomografia de coerência óptica (OCT) e ecografia ocular. Esses exames ajudam a determinar a extensão da condição e a planejar a abordagem cirúrgica mais eficaz.

INSTRUÇÕES DIETÉTICAS E MEDICAMENTOSAS

O oftalmologista pode recomendar que o paciente evite alimentos e bebidas nas horas que antecedem a cirurgia, especialmente se for realizada sob anestesia geral. Além disso, certas medicações, como anticoagulantes, podem precisar ser ajustadas ou interrompidas para reduzir o risco de sangramento durante o procedimento.

ORIENTAÇÕES SOBRE O PROCEDIMENTO

O paciente receberá instruções detalhadas sobre o que esperar durante e após a vitrectomia. Isso pode incluir informações sobre o tipo de anestesia a ser usada, a duração esperada da cirurgia e as etapas de recuperação.

COMO É REALIZADA A VITRECTOMIA?

O procedimento de vitrectomia pode variar dependendo da condição a ser tratada, mas geralmente segue uma sequência padrão de etapas:

ANESTESIA

A vitrectomia pode ser realizada sob anestesia local ou geral, dependendo da complexidade do caso e das preferências do paciente e do cirurgião. A anestesia local envolve a injeção de um anestésico ao redor do olho, enquanto a anestesia geral requer que o paciente esteja completamente adormecido durante a cirurgia.

INCISÕES E ACESSO

Pequenas incisões, conhecidas como esclerotomias, são feitas na esclera para permitir a inserção dos instrumentos cirúrgicos. Essas incisões são geralmente de 0,5 mm a 1 mm de comprimento e são feitas em locais estrategicamente escolhidos para acessar a área afetada do olho.

REMOÇÃO DO VÍTREO

O vitrectomo é inserido através das esclerotomias para cortar e aspirar o humor vítreo. Durante esta etapa, o cirurgião pode usar iluminação especial e visualização ampliada para examinar cuidadosamente o interior do olho.

TRATAMENTO DA CONDIÇÃO SUBJACENTE

Com o humor vítreo removido, o cirurgião pode tratar a condição subjacente. Isso pode incluir a remoção de membranas, reparo de descolamento de retina, tratamento a laser de vasos sanguíneos anormais ou fechamento de buracos maculares.

SUBSTITUIÇÃO DO HUMOR VÍTREO

Após o tratamento, o espaço anteriormente ocupado pelo vítreo é preenchido com uma solução salina, gás ou óleo de silicone. Esses materiais ajudam a manter a pressão e a forma do olho durante a recuperação.

RECUPERAÇÃO E CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS

A recuperação de uma vitrectomia pode variar dependendo da complexidade do caso e do tipo de intervenção realizada. No entanto, existem algumas orientações gerais que podem ajudar na recuperação:

INSTRUÇÕES DE POSICIONAMENTO

Se uma bolha de gás for usada para ajudar no reparo da retina, o paciente pode precisar manter uma posição específica por vários dias para garantir que a bolha pressione corretamente a área tratada.

USO DE MEDICAÇÃO

O oftalmologista prescreverá colírios antibióticos e anti-inflamatórios para prevenir infecções e reduzir a inflamação. É crucial seguir rigorosamente as instruções de medicação para uma recuperação eficaz.

MONITORAÇÃO DA VISÃO

A visão pode estar embaçada ou distorcida nas primeiras semanas após a cirurgia. O paciente deve informar imediatamente qualquer piora súbita da visão ou dor intensa, pois isso pode indicar complicações.

RESTRIÇÕES DE ATIVIDADES

Atividades extenuantes, levantamento de peso e esforços visuais intensos devem ser evitados durante o período de recuperação. Isso ajuda a prevenir complicações e acelera a recuperação.

Como qualquer procedimento cirúrgico, a vitrectomia possui riscos associados. Abaixo estão algumas das complicações potenciais:

  • Infecção (endoftalmite): embora rara, a infecção dentro do olho é uma complicação grave que requer tratamento imediato.
  • Descolamento de Retina: pode ocorrer após a vitrectomia, especialmente se o paciente já tiver predisposição.
  • Catarata: o desenvolvimento de catarata é uma complicação comum após a vitrectomia, particularmente em pacientes mais velhos.
  • Aumento da Pressão Intraocular: pode ocorrer temporariamente após a cirurgia, necessitando de monitoramento e tratamento.
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